quinta-feira, 23 de maio de 2019

Reunião no Hospital Regional de Registro

Nesta quarta feira (22/05) estivemos no Hospital Regional de Registro para reunião com a equipe gestora daquele Hospital.

Os desafios de implantação de um hospital novo foi a tônica da exposição da equipe do hospital. Desde montar equipe e capacitar até a dificuldade para garantia de comunicação telefônica adequada. 

Não há demanda para o hospital de alta complexidade?

Um dos temas trazidos pela equipe do hospital foi a falta de demanda de alta complexidade.  

Dr Matsuda, diretor técnico do Hospital, afirmou que os pacientes que são tratados fora da região, isto é, que procuram ou são encaminhados para os hospitais de São Paulo representam apenas e 6% do total que é tratado nos hospitais da nossa região. 

Isto é, segundo afirmou o diretor Matsuda os hospitais do Vale do Ribeira não dão conta de apenas 6% dos casos, muitos deles por falta de UTI.

Portanto, fica a questão: qual foi o planejamento feito e por quem? Ou foram decisões politicas partidárias que embasaram? 


Um hospital que tem baixa procura por encaminhamentos de alta complexidade e, por outro lado, filas de espera de mais de 1 ano para os retornos em consultas médicas para tratamentos em áreas como de neurologia, cardiologia, oftalmologia, ortopedia, entre outros. Filas imensas para cirurgias eletivas. Para exames de imagens...

Como ampliar o uso desta estrutura hospitalar diante da informada baixa demanda de alta complexidade e enormes filas para atendimento em outras áreas?

Diante da indefinição da missão dos três hospitais da região o que vem ocorrendo é  negativa de vaga do Hospital de Registro por falta de leitos pra paciente com politraumatismo (alta complexidade) e, por outro lado, leitos sendo ocupados com média complexidade, com pacientes que poderiam ser atendidos no Hospital Regional Leopoldo Bevilácqua ou mesmo no hospital São João.

Aparelhamento partidário da área da saúde


Quem deveria tratar da definição e organização da rede de saúde da região é a secretaria de saúde do estado...Mas o que esperar de um órgão regional de Saúde que embora tenha uma equipe comprometida e competente, tem uma direção sem menor condições técnicas ou compromisso para estar na função?

Com a palavra senhor deputado Samuel Moreira.

Por outro lado, ao se consultar a relação dos membros da equipe do hospital se observa muitos casos de relação de parentesco e partidária com o poder estadual, municipal e federal. Médico do Piauí, esposo da deputada líder do governo Bolsonaro, ex assessora de deputado, muitos membros da equipe do Prefeito Gilson Fantin. Apenas para registrar.



14 milhões foram pagos em 2018, mas as primeiras cirurgias e internações começaram em dezembro...

Tratamos também da  execução contratual muito abaixo das metas. O contrato firmado entre a Secretaria de Estado da Saúde e o Instituto Sócrates Guanaes, OSS que administra o Hospital, prevê metas e, com base na avaliação do seu cumprimento, prevê repasses mensais. 

Em 2018, embora tenha havido repasse de 14 milhões, os dados apontam que as metas não foram cumpridas (dados disponíveis no portal da transparência do ISG).

Vamos requerer as informações formalmente para análise detalhada.

Funcionamento do hospital sem credenciamento de serviços pela Secretaria da Saúde.

É muito preocupante o fato do hospital estar funcionando sem credenciamento dos serviços de alta complexidade.

Isto é um grave problema porque é no credenciamento que a secretaria de estado da saúde avalia se o hospital cumpre as exigências previstas nas legislação para fazer o atendimento daquela especialidade. Por exemplo, se o hospital tem os especialistas com tempo de formação e experiência previstos, se tem licença da Vigilância Sanitária para atuar em determinados procedimentos etc.

Hoje, por exemplo, a nutrição parenteral (alimentação pela veia ou por “sonda”), que tem exigências muito específicas, e é feito sem licença da Vigilância Sanitária. 

Para não falar dos procedimentos de cardiologia ou neurologia que tem exigências específicas importantes para garantia da segurança do paciente.

Licença de Funcionamento expedida pela Vigilância Sanitária Municipal licenciou até serviço que não existe no hospital!

A licença de funcionamento expedido pela Vigilância Sanitária Municipal  é visivelmente precária!

Licenciou até mesmo serviços que não existem no Hospital como por exemplo UTI neonatal e lavanderia e em relação as demais áreas e serviços o relatório de inspeção é muito insipiente tecnicamente. 

E isto tem consequências séria seja para o trabalhador do hospital como para os usuários do serviço. Por isto é importante a vigilância estadual apoiar este processo de licenciamento feito pela vigilância sanitária municipal.

Diante da quantidade de temas a serem tratados propusemos apresentar através de um requerimento parlamentar as demais solicitações de informações.


Nesta reunião estivemos juntamente com os vereadores Vander Lopes, Roberto Stuchi Duarte, Toon Adorno, Rafa Freitas, Gerson Teixeira Silvério e Fabio Tatu (representado pelo assessor) para conhecer o Hospital e discutir temas que possam melhorar o atendimento à população e fomos recebidos pelo diretor executivo, Alexandre Durante, pelo diretor técnico Dr. Antônio Matsuda e por membros da equipe gestora.


Temos a obrigação de fiscalizar e nosso objetivo é de ver o que tem de problemas e propor melhorias!