sexta-feira, 29 de março de 2019

Hisae Yamamto - "tia Hisae da CRIFF" - será homenageada hoje na Sessão Solene da Câmara de Vereadores alusiva ao dia Internacional das Mulheres

Hoje na sessão solene da Câmara de Vereadores de Registro alusivo ao Dia Internacional das Mulheres, com muito carinho, prestarei homenagem a Pedagoga Hiase Yamamoto. 

Quem a conhece e conhece o seu trabalho, sabe o significado desta homenagem. 

Quem não conhece convido a ler o  texto abaixo que trata um pouco desta história de superação e compromisso com principios cada vez mais raros na nossa sociedade: solidariedade e partilha.
















Aparecida Hisae Yamamoto nasceu em Registro, no ano de 1957. Seus primeiros anos de vida foram na comunidade da Raposa. Teve sua formação intelectual na cidade, es-tudando no tradicional colégio Fábio. Trabalhou como professora e também vivenciou a saga de um “dekassegui” registrense no Japão.

Dona Hisae, desde sua adolescência, sentia-se pessoalmente tocada e socialmente moti-vada a participar de ações para contribuir na luta por uma vida melhor para todos. É, no entanto, após o seu regresso do Japão que Dona Hisae assume a solidariedade como cau-sa diária de sua vida, no sonho real de fazer da vida das crianças e adolescentes uma vida melhor, mais acolhedora, com mais oportunidades e com toda fraternidade que a ética humana nos impõe.

Moradora dos primórdios do bairro Jardim Paulistano, Dona Hisae já observava naquele bairro o grande número de crianças vivendo em situação de vulnerabilidade. Além disso, em 1997, ocorreu uma das maiores catástrofes da história de Registro, a destruidora “enchente de 1997”. Dona Hisae se viu na eminência de tomar uma atitude frente a situ-ação de abandono, vitimização e pobreza às quais muitas crianças e adolescente de nossa cidade estavam submetidas.

“É a causa que importa”, nos recorda com olhos brilhando. Dona Hisae articulou um movimento com várias pessoas que tinham atuação nos temas sociais da cidade e fincou pilares para a fundação, no dia 21 de junho de 1997, da Casa da Criança Futuro Feliz, mais conhecida entre nós como CRIFF. Sem titubear, Dona Hisae transformou a sua própria residência, que segue sendo na Rua Maranhão, número 36, na primeira sede da CRIFF e conseguindo, a partir de então, acolher, em média, não menos que 30 crianças e adolescentes por mês.

A CRIFF foi crescendo e, já em 2000, a exigência de acolhimento ficou maior do que a capacidade da casa da Dona Hisae. A CRIFF alçou novo voo e foi para prédio próprio.  Dona Hisae continuou, agora com uma estrutura física própria da CRIFF, a sua história de dedicação total à esta causa.

Ainda distante das ferramentas e possibilidades que a Assistência Social passaria a ter em meados dos anos 2000, Dona Hisae tinha que, para efetivar o trabalho da CRIFF, articular ações com outras entidades, organizar eventos para arrecadar doações, além participar de maneira sempre ativa do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescen-te e, inclusive, ter que ampliar sua formação acadêmica, estudando Pedagogia, como pré-requisito para coordenar as atividades da CRIFF.

Não é preciso muito esforço para reconhecer que o trabalho de Dona Hisae foi muito além da caridade casual, pois conseguiu transformar a solidariedade em uma ação inte-gral de sua residência e de sua vida. Além das várias pessoas com atuação social que ajudarem a construir a CRIFF, Dona Hisae destaca o diferencial que foi o apoio recebi-do de seus familiares: filhos, irmãos, mãe, entre outros. Seus sete filhos, sete netos e dois bisnetos são testemunhos de sua permanente dedicação ao seu trabalho social.

Dona Hisae segue carregando as lembranças transformadoras que cultivou na CRIFF. As cultiva nas recordações e, com muita alegria, nos reencontros com os jovens que fo-ram acolhidos a seu tempo na CRIFF. Se bem é verdade que o problema de saúde que a acometeu em 2014 lhe forçou a reduzir sua presença física na CRIFF, por outro lado, bastam alguns minutos de conversa e poucos olhares para sentir que a CRIFF nunca dei-xar de estar presente na Dona Hisae.

Sem carregar nenhum tipo de soberbia ou sensação de que o trabalho realizado foi per-feito, Dona Hisae reconhece os erros, os acertos e os desafios vindouros. Para ela, “a concepção de acolhimento é, ainda e desde o começo da CRIFF, um desafio a ser com-preendido. Não se trata apenas de tirar a criança da família, mas também de entender as dificuldades que as famílias passam e caminhar para superá-las”.

Ao contrário de sentir-se com “o dever cumprido”, Dona Hisae continua ativa, partici-pando do Projeto “Sorrindo para a vida” e na contribuição à ONG “Ação”.

Além disso, o seu projeto-sonho atual é organizar um reencontro de irmãos que viveram nove anos na CRIFF e foram acolhidos por famílias diferentes: Dona Hisae trabalha, mesmo com todas as dificuldades que a sua situação de saúde lhe impôs, para materiali-zar esse encontro-sonho, cuja realização maior é propiciar o abraço de histórias, o abraço de olhares, o tão e gostoso abraço que tanto e sempre nos humaniza.

Não apenas por ter coordenado a CRIFF de 1997 a 2014. Não apenas por ter transformado para melhor a vida de milhares de crianças e adolescentes. Não apenas por apontar que os caminhos do futuro das crianças passam por ir além do assistencialismo, mas, sobretudo, por fazer da solidariedade e da incansável esperança nas crianças e jovens bandeiras e frentes permanentes de sua vida.

Nunca é o bastante lembrar o Poeta:

“[...] e tudo vive para que eu viva:
sem ir tão longe posso ver tudo:
vejo na tua vida todos os viventes”.

É assim, pela conversa que cura, pela fé no futuro, pelos sonhos que salvam, pela utopia plantada, pela criança por perto, com tudo e por tudo, que é mais do que merecida a homenagem à Senhora Hisae Yamomoto. Obrigada por ser essa mulher que mudou e continua mudando as vidas de nossas crianças e adolescentes para melhor.

quarta-feira, 27 de março de 2019

Moradores do Capinzal, em Registro entraram com representação no MINISTÉRIO PUBLICO ESTADUAL contra o Fantin por causa da demora de mais de 7 anos para construir o Posto de Saúde do bairro.


Durante o ultimo ano do nosso governo conseguimos que o recurso financeiro fosse liberado (no segundo semestre de 2012) e iniciamos as tratativas sobre o terreno para construir o Posto de Saúde. 

O governo Fantin demorou 3 anos para definir o terreno e licitou a obra somente em 2015. 
Desde a licitação até agora, entre abandono de obra (sem nenhuma multa aplicada) e duas novas licitações passaram se 4 anos e a obra ainda permanece inacabada!


A gota d'água foi a prefeitura ter perdido prazo para prorrogar o contrato em dezembro do ano passado, obrigando a fazer nova licitação.

O Conselho Local de Saúde e o Conselho Municipal de Saúde tiveram papel muito importante nesta decisão porque acompanham de perto a precariedade das condições físicas do Posto de Saúde, construído na década de 80, onde atua o PSF.  Parabéns a todos que se dedicaram a conhecer o processo e estudar em detalhes antes de tomar a decisão em nome do bairro. 

Num governo sem compromisso com as demandas populares cada vez mais o caminho tem sido a organização social e a busca de garantia de direitos ora através dos mandatos legislativos ora do Ministério Publico.

#ForaFantin