quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Contemplados do Agrochá 3 lotam o plenário da Câmara Municipal para discutir atraso na entrega das casas.

A união e organização popular é a principal potência para as conquistas do Povo! Pela entrega das moradias, já!
Parabéns aos contemplados pelo Programa Minha Casa Minha Vida - Agrochá 3 - pela enorme presença, união e organização demonstrada na reunião realizada hoje, no plenário da Câmara Municipal de Registro na luta para a entrega imediata das moradias.
Pressionados de um lado, pelos alto culto dos aluguéis, pela precariedade das moradias onde hoje residem ou pela necessidade de devolver o "cômodo"  emprestado pelo parente e, de outro lado, cansados das promessas não cumpridas de data de entrega das moradias os futuros moradores do Agrochá 3 realizaram a primeira reunião presencial.
Optaram para ir além do grupo virtual de WhatsApp e fazer esta reunião para que, além de se conhecerem, pudessem iniciar a organização do movimento pela entrega das moradias.
A falta de cobrança e fiscalização da Prefeitura e do prefeito Fantin, especificamente, foi duramente apontada pelos presentes. 
"Afinal os engenheiros da Caixa Federal de Santos estão longe e se o Fantin quisesse mesmo resolver isto ele colocava os engenheiros da prefeitura para acompanhar de perto e cobrava dia a dia a Jorcal e a Caixa, como deve ser o papel de um prefeito. Mas ao contrário, parece que não estão nem aí"
Venho acompanhando desde o início do meu mandato a finalização do Agrochá 2 e Agrochá 3, afinal em 2012 eu já havia conquistado a renovação do convenio com a Caixa Federal e assim, a aprovação de 1 mil novas moradias junto a presidenta Dilma. 

Portanto há 5 anos teve início o empreendimento e há quase 3 anos foi feito o sorteio dos contemplados!

No início deste mês intermediei a realização de uma reunião entre uma comissão representante dos contemplados com a Caixa Federal, Prefeitura de Registro e empresa Jorcal. Foi importante espaço de interlocução entretanto, aquela reunião terminou sem definir data de entrega o que levou a realização da reunião de hoje já que os contemplados querem atuar mais fortemente na negociação com os órgãos para acelerar o processo de entrega. 

Importantes propostas foram definidas pelos presentes mas cabem a eles - e não a mim -  divulgarem no momento oportuno quais as ações aprovadas na reunião.

Agradeço ao convite que me foi feito para participar desta reunião e destaco a participação do Vereador Wander Lopes que também foi convidado pelos moradores.
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Serviço:
No Brasil:
O Programa Minha Casa Minha Vida foi criado pelo ex presidente Luis Inácio Lula da Silva e dado continuidade no governo da ex presidenta Dilma. Não há recursos no orçamento do governo atual para a implantação deste projeto em nenhum lugar no Brasil neste ano de 2018.

Em Registro:
Entre os anos de 2009 a 2012 (meu governo) conquistamos aprovação dos projetos Agrochá 1, Agrochá 2, Agrochá 3 (Caixa Federal) e Jardim Virgínia (Banco do Brasil)

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Já se disse quase tudo sobre a tentativa de condenação do ex presidente Lula, sem crimes e sem provas. Muitos se fazem se surdos, menos o Povo que luta por uma sociedade menos desigual, democrática e pela soberania nacional

Às vésperas do julgamento do ex presidente Lula não pude dormir sem antes tentar escrever um pouco do que penso sobre este momento tão importante para a história do nosso país.
Mas dizer o quê se já se disse tudo... o que não significa dizer que já se "ouviu" tudo. Mas o que dizer para quem não quer ouvir? Mas o que dizer se a TV globo fala mais alto nas casas de quase todos. Sim de "quase todos" porque muitos daqueles com possibilidade de leitura e informação por outras fontes - profissionais liberais, operadores do direito, médicos, assistentes sociais, engenheiros, estudantes etc - mesmos aqueles “letrados” permanecem cegos à manipulação da mídia na desqualificação do “analfabeto” reconhecido internacionalmente como um dos maiores líderes mundiais.
Dia 23 de janeiro no Ato em Porto Alegre. 79 mil pessoas.
Já se disse "a grande mídia quer levar as pessoas ao desinteresse pela política".
Já se disse "o Juiz Moro age partidariamente com relação a Lula e em atendimento aos interesses econômicos dos E.U.A. Afinal como acreditar num Juiz ou numa “operação” que persegue um só partido, sem provas, e ignora as malas de dinheiro dos demais? 
Já se disse "Não há crime. Não há provas."

Optei, então para replicar um pouco do que já foi dito sobre a tentativa de condenação do ex presidente e por publicar as melhores fotos das grandes manifestações que aconteceram hoje em Porto Alegre. Um dia histórico, dia 23 de janeiro de 2018, onde 70 mil pessoas foram a Porto Alegre em defesa da democracia e do direito do Lula ser candidato e contra o partidarismo do poder judiciário.
Eis alguns textos que selecionei:
Nesta terça-feira no New York Times publica artigo onde afirma:
“O juiz da primeira instância, Sérgio Moro, já demonstrou seu próprio partidarismo em várias ocasiões. Ele teve que pedir desculpas ao Supremo Tribunal Federal em 2016 pela divulgação das conversas grampeadas entre Lula e a presidente Dilma Rousseff, o advogado dele, sua esposa e filhos. O juiz Moro promoveu um espetáculo para a imprensa no qual a polícia compareceu à casa de Lula e o levou para interrogatório, apesar de Lula ter dito que se apresentaria voluntariamente. As evidências contra Lula estão bem abaixo dos padrões que seriam levados a sério, por exemplo, na Justiça dos Estados Unidos”  

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), que é advogado e ex-juiz federal, considera frágil "e absurdamente precária" a a sentença contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
"Tenho absoluta convicção JURÍDICA sobre esse tema do triplex. E não conheço especialistas em Direito Penal que defendam aquela sentença absurdamente precária. Espero que o TRF 4ª Região aplique bem o Direito ao caso", afirma ainda o governador maranhense.
Muitos desejam fazer julgamento POLÍTICO do ex-presidente Lula. Há dia e local para fazê-lo. Nas urnas, no dia da eleição. Tribunais não devem servir para isso. Que deixem Lula ser candidato e que o povo o julgue politicamente", conclui.  

O Jurista italiano Luigi Ferrajoli critica postura midiática de juízes no Brasil, ,um dos papas do garantismo.
 “O processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por suposta corrupção envolvendo um tríplex no Guarujá (SP) passa a ideia de uma ausência impressionante de imparcialidade por parte dos juízes e procuradores que o promoveram”, 
Em carta, o doutrinador disse ser difícil encontrar uma razão para tal postura dos agentes públicos além da finalidade política de paralisar o processo de reformas conduzidos pelos governos Lula e Dilma Rousseff, que, diz ele, "tiraram da miséria 40 milhões de brasileiros”.  
Noan Chomsky linguista norte-americano, intelectual dos mais respeitados mundialmente afirma:
“Cem anos atrás, analistas norte americanos descreveram o Brasil como o potencial Colosso do Sul, e em comparação com o Colosso do Norte, “um poderoso domínio de potencialidades ilimitadas” foram as palavras que eles usaram.
O Brasil ainda precisa preencher essas expectativas, apesar de que sob o governo de Lula, com a participação habilidosa do seu Ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, o Brasil se tornou provavelmente o mais respeitado ator no cenário internacional.
O potencial é real e pode ser atingido, com grandes consequências para toda América Latina e claro, para todo o mundo.”  

Leonardo Boff, teólogo:
"Não é ser petista, é ser justo e defender a democracia
O que ficou claro como a luz do sol é a vontade condenatória do juiz Sérgio Moro e daqueles em nome dos quais está atuando: as classes endinheiradas, o PSDB e parte significativa do PMDB com Temer à frente.

Já o artigo, da Professora do Departamento de História da UFRGS,  Céli Regina Jardim Pinto, embora longo, foi impossível recortar, publico aqui na integra dado a profundeza e clareza da análise. Vale a pena a leitura.
"Um dia após a condenação de Lula por Sergio Moro, um motorista de táxi me perguntou: contente com a condenação de Lula? Quando me ouviu dizer que não, ficou muito alterado e desfiou uma lista de crimes que teriam sido cometidos por Lula para justificar que o Brasil necessitava se livrar dele. Dia 17 de julho, o jornalista, escritor e apresentador de TV, Marcelo Tas, perdeu a costumeira fleuma no programa que coordena na GNT (Papo de Segunda), quando um dos seus companheiros referiu a falta de provas da propriedade do triplex, que fora o mote da condenação de Lula. Tas alterou-se e disse que o triplex era um crime menor e nem tinha importância, mas que Lula deveria ser condenado porque era o responsável pela recessão, por 13 milhões de desempregados, por toda a corrupção e também pelo governo Temer, uma vez que havia feito aliança com o PMDB.
Lula tem mais de 50% de rejeição nas pesquisas de opinião, em que pese ser o pré- candidato com a maior intenção de voto, mas a pergunta que não quer calar é: por que o discurso de ódio contra Lula, que faz sentido a um motorista de táxi, é o mesmo do intelectualizado Marcelo Tas? Uma resposta ligeira e do gosto de todos seria que os motoristas de táxi “são assim” e que Tas é funcionário da Rede Globo (GNT), portanto, parece óbvio que se colocaria desta forma. Entretanto, estas explicações estão longe de dar lastro para ensaiar uma reflexão sobre a crise da esquerda, do PT, sobre o avanço de discursos conservadores, reacionários, racistas , machistas.
O primeiro discurso exitoso contra Lula se expressou em um discurso contra Dilma, mais frágil politicamente, mulher, sem grande apoio no próprio PT, portanto mais fácil de atacar. Dilma foi o primeiro fator unificador do discurso da direita política brasileira em 2014. De fato o objetivo não era ela, mas o afastamento do PT e a retirada do perigoso e popular Lula do campo da disputa política. Inventaram as pedaladas fiscais, afastaram Dilma e não a incomodaram mais. A culpa de Lewandowski , que estava participando da farsa, resultou na não cassação dos direitos políticos da então presidenta.
Afastar Dilma foi só um primeiro passo. Havia importantes políticas neoliberais de ajuste a serem feitas pelos representantes do capital financeiro, da FIESP e da banca internacional. Entre os aspectos centrais das políticas neoliberais, aqui e alhures, estão a retirada dos direitos sociais e a desqualificação das conquistas dos trabalhadores como privilégios. Para que possam ser implementadas, não bastam um golpe e um presidente fantoche, é necessário haver garantias a longo prazo de que não haverá reação do povo. Por isso, é necessário destruir o povo como agente político, como sujeito político coletivo. Esta é a grande missão dos que agora estão no poder, secundados por parte do judiciário e parte do ministério público. Não importa se a reforma da previdência não passar agora, interessa é que ela passe, no ano que vem ou em 2019. Mas é necessário derrotar o povo de forma cabal.
O que Lula tem a ver com isto? Tudo. Lula foi e ainda é um grande líder popular, se identifica com as classes populares que, durante seu governo, viram mudar as suas vidas, as possibilidades educacionais de seus filhos. O mundo viu Lula como uma nova esquerda. Como líder, Lula deu significado ao povo como sujeito político. Maior que o PT, maior que a esquerda, ele articulava as demandas populares, era o povo no poder.
As forças de esquerda em geral e o PT, especificamente, não conseguiram construir lideranças para substituí-lo, não porque Lula não deixou, ou porque o partido não quis, mas porque a existência de Lula impediu que houvesse condições de emergência de novas lideranças, por mais que ele tivesse oposição, dentro e fora do partido.
O poder simbólico que Lula representa precisa ser extirpado do Brasil para que o projeto neoliberal em curso se concretize. Por isso há esforço de arrancar Lula do centro do discurso popular e caracterizá-lo como o grande traidor, o corrupto, o operário que enriqueceu, o responsável pelas mazelas do Brasil, pela desordem, pela violência. É preciso romper o lastro discursivo do povo. Isso não se faz prometendo vantagens, mas exatamente prometendo sacrifícios. Recriando um novo sujeito político, individualizado, “responsável “, trabalhador, que não se interessa por “privilégios”, mas quer trabalhar em qualquer condição. Um individuo que não se preocupa se pessoas sem-teto são acordadas nas ruas geladas por jatos d‘agua, se usuários de drogas são caçados como bichos, se prédios ocupados por famílias que não têm onde morar são desocupados por batalhões de choque da polícia militar. Essas pessoas não importam, são “vagabundos“, perdedores, obstáculos para o restabelecimento da ordem.
Na nova ordem neoliberal não há espaço para povo, para o sujeito coletivo. O que importa é cada um cuidar de si. O fracasso é pessoal, o sucesso está na compreensão dos novos tempos, do trabalho intermitente, do fim das políticas sociais. A nova ordem é a do individuo, não importa se ele é um trabalhador ou um intelectual da mídia. Para que a nova ordem se instale, é necessário acabar com o povo, com a ação do povo como coletivo, por isso é essencial destruir quem melhor o representou na política brasileira contemporânea – Luis Inácio Lula da Silva. Mas não basta colocá-lo na cadeia, antes é preciso destruí-lo como símbolo, o que só acontecerá ao destruir o povo, já que Lula significou o povo por longos anos, décadas.
O motorista de táxi e o intelectual mediático representam muito bem este sujeito individualizado, que se constitui em um discurso de ódio contra Lula, contra o povo. São exemplares característicos dos tempos de pós democracia que vivemos."













domingo, 21 de janeiro de 2018

Moradores da Vila da Palha e Agrocha se reorganizam para lutar por melhorias no bairro

Chegando de um importante encontro com os moradores da Vila da Palha, em Registro.
Os moradores decidiram reorganizar suas lutas por melhorias do bairro e por direitos, reorganizando a Associação de Moradores do Carapiranga, fundada há 24 anos pelos guerreiros Durvalino Caetano, João Costa (hoje falecido), Sebastião Pereira, Gentil Raposa, Neusa Vidal, entre outros lutadores.
Na época apoiei a fundação e organizamos um amplo processo de participação para definição coletiva do estatuto social e assim, da natureza e objetivos da Associação.
A Associção foi fundada e atuou fortemente até que, por vários motivos entre eles o fato de mudança do bairro de alguns dos líderes, acabou parando as atividades. 
Hoje, 24 anos depois os moradores retomam esta ferramenta de luta social. Foi emocionante ver os filhos dos antigos líderes retomando a caminhada.

Parabéns ao Lafaiete Costa e sua esposa Marisa, Wilian, Daliléia e Orestes - filhos dos líderes comunitários e fundadores da Associação, os amigos finados João Costa e Rosária - ao Sebastião Pereira, Gentil Souza, Joaquim Pupo, Maria Alves, Marcelo da Guia, Diná Castro, Benjamin e tantos outros que tomaram a iniciativa!

Governo elitista de Registro leva os bairros a se reorganizarem na luta por melhorias. Hoje foi a vez da Vila da Palha. Além de valas sem limpeza há mais de 6 anos, ruas sem manutenção, abrigos de ônibus no meio da lama o bairro perdeu até as linhas noturnas de ônibus!!!

Somente a luta e organização social, coletiva, pode conquistar melhorias para os bairros sem formar "coronéis locais".

Contem com nosso mandato porque os problemas do bairro não são poucos!